sábado, 13 de dezembro de 2008

Na venda da esquina

Na venda da esquina, de tudo tem um pouco
Lá encontra-se de parafuso à macarrão
De chinelo à caixa de sabão
Dona Maria e Seu José de tudo vão buscar
E quando não o podem, Gustavinho faz o serviço
Em sua bicicleta cargueira em zig-zag sai pedalando
A trepidar nas ruas de chão até o seu destino
Ai da vizinhança se não fosse a venda da esquina...

O Quarto

No quarto sozinho me ponho a pensar
Nas coisas da vida e na solidão
Esta fera medonha sem coração
Me rasga por dentro trazendo penar

Fugir eu não posso, correr é vão
Eu fecho os olhos tentando fugir
Mas os meus ouvidos a ouvem rugir
Trazendo de volta aquela aflição

Procuro a minha volta, mas não vejo saída
Me sinto como dentro de um poço
Só vejo uma Luz quando olho para cima

Que Luz é essa que quase me cega?
Seu brilho é forte parece um astro
Tão leve eu fico, parecendo pena