Essa semana, aqui em casa, comemoramos o aniversário de uma irmã nossa (Valéria). Teve bolo, cachorro-quente, refrigerante, essas coisas. Após os convidados irem embora, resolvi comer um cachorro-quente. Tá bom, na verdade foram três. Quando lavei as mãos na cozinha, procurei algo pra enxugá-las. Vi os guardanapos, mas decidi fazê-lo com um pano. Foi então, que tive um pensamento óbvio: “Os panos são melhores que os guardanapos, pois, posso utilizá-lo várias vezes”. Ou seja, a vida-útil dos panos é maior que a dos guardanapos.
Foi quando olhei para o “resto de festa”, e vi que estavam espalhados vários guardanapos e copos descartáveis, já utilizados e descartados. Então, retomei a idéia de que as pessoas inventaram os descartáveis para poupar trabalho. Pois, com eles é: “Usou, jogou fora”. Panos, copos e pratos convencionais, têm vida longa, mas dá trabalho limpá-los, enxugá-los, guardá-los. Ficam ocupando lugar. Ao contrário dos descartáveis, que após serem utilizados, vão para o lixo.
Podemos perceber essa idéia muito além da esfera dos objetos. Hoje, notamos que isso ocorre também nos relacionamentos interpessoais. O que tem corrompido laços importantes, como o casamento, a família e a amizade.
As pessoas têm optado por relacionamentos descartáveis. Pois assim, podem desfazer-se deles quando for conveniente. “Pra que casar ou namorar, se posso me relacionar com Fulana? Quando eu enjoar, dou o fora! Só saio com ela de vez em quando mesmo”. “Vou ser amigo de Beltrano, quando conseguir o que ele pode me proporcionar, me afasto”.
Relacionamentos “convencionais”, permanentes, dão trabalho. E muito trabalho. Quando desgastados, ou quando surgem conflitos, temos que “cuidar” deles. Sem contar que ocupam “espaço” na nossa vida.
Casamento, namoro, amizade, custam caro. Tem um preço. Que nem todos estamos dispostos pagar. Um preço que só se paga com Amor.
Em Coríntios 13.4-7, diz:
“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Se atentarmos para as qualidades desse Amor, perceberemos o preso pago por casamentos de 30 ou 40 anos. Ou por amizades que duram a vida toda.
Bater numa criança é fácil. Educá-la, custa caro. Requer tempo. E num mundo onde tempo é dinheiro. Fica difícil pagar.
Lidar com conflitos no casamento pode ser difícil. Mas nos colocarmos no lugar do outro, talvez facilite as coisas.
Objetos podem quebras e serem substituídos. Pessoas, não. Cultive seus relacionamentos.
Sei que não sou casado, não tenho filhos e cultivo algumas poucas amizades. Não sou um grande conhecedor das coisas. Mas procuro aprender observando as coisas simples da vida. Quem sabe, um dia chegamos lá.
Até a próxima postagem.